Resenhas sobre Contos de vista Pontos de queda

Oie, gente.

Nesse meio tempo teve mais retornos interessantes sobre o livro. Vou deixar dois deles aqui pra vocês poderem acompanhar.

“Em “Contos de vista Pontos de queda”, os 16 contos relacionam-se com mudanças, rupturas tanto objetivas, quanto subjetivas.

São situações enfrentadas em diferentes fases da vida de diferentes pessoas (infância, adolescência, idade adulta, velhice, de homens, mulheres, casais homoafetivos…), após as quais nada será como antes.

Situações impostas pela realidade concreta dos contextos em que os personagens vivem, como mudanças de casa, perdas/mortes, violência policial, demissão, abandono…

Porém o que nos marca nas narrativas aqui apresentadas, são as sutilezas. São as mudanças profundas que ocorrem em frações de segundos, no íntimo dos seres…

– a certeza que a infância acabou, mesmo sem saber bem o que virá depois
– os segundos de silêncio, após o tiro
– o sorriso esboçado, em um raro momento em que se pensa em nada
– o toque da mão da mulher amada, chegando ao local combinado para fuga
– o toque gelado do contato das costas com o piso da sala, quando a cama não mais lhe cabe
– o que vê nas janelas, em frações de segundos, o corpo que cai
– o breve momento em que se levanta o olhar do café e da leitura, e observa a cidade, com suas indiossincrasias…

Penso não ser à toa a referência ao mar em vários contos.

O som, o cheiro, a presença do mar…

Talvez para nos lembrar de que tudo é imenso e está em movimento.

Que, o tempo todo, tudo pode mudar.”

por Podcast Lendo mais contos

“contos/quedas/pontos de vista/
pontos de vista – contos de queda

“Contos de vista, pontos de queda” nos leva por várias vertigens. Convida ao ponto onde a queda é inevitável e conduz o leitor, conto a conto, por narrativas que surpreendem, impressionam e causam espanto pela inevitabilidade do cotidiano.

Cada enredo, em si, como uma vida pulsante. Personagens que se apresentam de modo a nos tornar também figuras dessas ações. Seja uma criança, uma mulher, um homem, uma praia, um luto: tudo nos engloba, nos engole e nos termina.

O livro pega a gente pela mão e explode literatura no peito. Não se sai dele sem um fragmento de palavra, sem uma cicatriz de delicadeza talhada na pele. E quão poderosa pode ser uma obra assim?

Ela se mostra pedindo pouco, mas exige do leitor até a última gota da possibilidade real de ser atravessado – pelos diálogos e pelos silêncios, pelas peculiaridades rotineiras que só são vistas quando colocamos os ‘pontos de queda’ em ‘contos de vista’.

E, afinal, a pergunta que fica é: qual seu ponto de vista sobre a queda? qual queda te leva a qual ponto de vista? de qual ponto de vista você vê a queda?

O livro não oferece respostas. Mas as dúvidas que permanecem tampouco necessitam de uma resposta – ao menos imediata.”

por Amantes por livros 

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