Romance de estreia

Meu primeiro romance vem aí, no segundo semestre de 2024, pela editora Claraboia.

Escrever um romance nunca esteve na lista de tarefas, ou mesmo desejos. Se um dia acontecesse, ok, e sempre soube que só aconteceria se fosse a narrativa pedindo. Nunca fui dessas que pensava que uma contista deveria necessariamente escrever um romance em algum momento da trajetória.

Eis que em fevereiro de 2020 eu terminei uma dramaturgia chamada Carne de Segunda. Então veio a tal da pandemia. E foi uma conjuntura formada destes dois fatores, entre outros, que me fez escrever meu primeiro romance.

Primeiro a personagem da dramaturgia não saía da minha cabeça. Era uma voz me sussurrando umas súplicas.

Segundo eu não tinha mais trabalho (o teatro parou como muitas outras cenas), estava preocupada e abalada como quase todo mundo e precisando de novas ações pra me distrair.

Terceiro o escritor Robertson Frizero começou a dar uma oficina de escrita do romance no Instagram dele, de forma gratuita, pra ajudar a passar por aquela situação catastrófica que vivíamos (ainda mais nós, no Brasil).

Quarto que pra fazer alguns exercícios da oficina seria legal ter alguma ideia para concretizar melhor o aprendizado. E eu pensei: por que não?! E comecei a brincar de adaptar a dramaturgia para um romance. Nenhuma pretensão de finalizar, nenhuma pretensão de que viraria um livro publicado, nenhuma pretensão de nada. Eu só queria preencher meu tempo com algo que não fossem mortes, descasos e medo.

Mas o movimento foi tomando outro rumo, já não era mais uma adaptação da dramaturgia que eu estava escrevendo, já não era mais nem a mesmíssima personagem, tudo novo e intenso.

E aqui deixo um grande parênteses e finalizo por agora dizendo que “Açougueira” vem aí em 2024 pela Claraboia, uma editora de escritoras mulheres, tudo a ver com o próprio livro.

Pois virou mesmo um livro, hein?! Mas sobre isso depois eu conto mais.

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