SESC Pulsar

Participar do SESC Pulsar foi uma experiência belíssima. Poder circular por 4 unidades do SESC Rio com o projeto Contoversando, com rodas de leitura do livro Em nossa cidade amarelinha era sapata e conversa sobre diversidade na literatura contemporânea brasileira foi uma oportunidade de formação e aproximação de público leitor a qual raramente temos acesso.

Pessoas as mais diversas participaram das rodas nas unidades dos SESCS São João de Meriti, São Gonçalo, Madureira e Três Rios, e em cada uma delas tive a oportunidade de trocar através da literatura e do exercício do pensamento coletivo. Os presentes nas rodas não sabiam da existência do livro, nem do meu trabalho em literatura, a grande maioria também não havia lido livros com representatividade LGBTQIA+, o que gerou curiosidade nos participantes.

Os bate-papos sobre diversidade na literatura brasileira contemporânea foram muito profícuos e participativos. Pude notar o interesse dos participantes em se colocar a respeito de um tema tão importante para nossos tempos, e como lhes faltam espaços para tal. Trabalhamos o conceito de diversidade em seu sentido amplo, concluindo, em geral, a importância de uma pluralidade de narrativas e de autores na feitura da literatura de um país tão diverso quanto o Brasil.

Foi bonito ver como as pessoas se identificavam com as narrativas lidas e o quanto isso as surpreendia e gerava um link para discutirmos o poder da literatura em permitir acesso ao mundo – o nosso e o do outro.

A literatura contemporânea brasileira se faz mais plural do que nunca, e temos visto a importância dessa diversidade se refletindo na produção literária, mas um grande obstáculo ainda é a circulação dos livros e a formação de público leitor. De modo que oportunidades como estas proporcionadas pelo SESC permitem que livros de editoras independentes e autores que estão em início de carreira, possam circular e encontrar público leitor para além de suas bolhas, conectando literatura e pessoas. Bem sabemos que a produção independente é uma das grandes responsáveis pela diversificação da literatura brasileira contemporânea, e que é sempre mais difícil para estas produções encontrar espaço de circulação e proliferação no mercado literário, dificultando o acesso ao público leitor. De maneira que o SESC cumpre muito bem seu papel de formação e disseminação cultural quando apoia iniciativas como esta.

Que possam existir mais oportunidades assim.

Agradeço ao SESC Rio a oportunidade!

Peça Carne de Segunda estreia no Rio de Janeiro

Com temporada no teatro Ruth de Souza, no Parque das Ruínas, Carne de segunda, dramaturgia escrita por mim, iniciou sua caminhada no mundo. Foram quatro finais de semana de apresentações de sexta a domingo. Em novembro a peça volta à cena teatral carioca.

Deixo vocês aqui com duas matérias para ficarem por dentro da peça.

Matéria no Metrópoles

Matéria no UOL RG

Contos de vista Pontos de queda indicado no Nexo Jornal

O escritor e sociólogo Evandro Cruz, um dos vencedores do prêmio nacional Ensaísmo Serrote de 2020, recomenda cinco livros de novos contistas brasileiros.

E contos de vista Pontos de queda está entre estes livros!!! 🙂

Nexo Jornal – 5 livros de contos para conhecer

Resenhas sobre Contos de vista Pontos de queda

Oie, gente.

Nesse meio tempo teve mais retornos interessantes sobre o livro. Vou deixar dois deles aqui pra vocês poderem acompanhar.

“Em “Contos de vista Pontos de queda”, os 16 contos relacionam-se com mudanças, rupturas tanto objetivas, quanto subjetivas.

São situações enfrentadas em diferentes fases da vida de diferentes pessoas (infância, adolescência, idade adulta, velhice, de homens, mulheres, casais homoafetivos…), após as quais nada será como antes.

Situações impostas pela realidade concreta dos contextos em que os personagens vivem, como mudanças de casa, perdas/mortes, violência policial, demissão, abandono…

Porém o que nos marca nas narrativas aqui apresentadas, são as sutilezas. São as mudanças profundas que ocorrem em frações de segundos, no íntimo dos seres…

– a certeza que a infância acabou, mesmo sem saber bem o que virá depois
– os segundos de silêncio, após o tiro
– o sorriso esboçado, em um raro momento em que se pensa em nada
– o toque da mão da mulher amada, chegando ao local combinado para fuga
– o toque gelado do contato das costas com o piso da sala, quando a cama não mais lhe cabe
– o que vê nas janelas, em frações de segundos, o corpo que cai
– o breve momento em que se levanta o olhar do café e da leitura, e observa a cidade, com suas indiossincrasias…

Penso não ser à toa a referência ao mar em vários contos.

O som, o cheiro, a presença do mar…

Talvez para nos lembrar de que tudo é imenso e está em movimento.

Que, o tempo todo, tudo pode mudar.”

por Podcast Lendo mais contos

“contos/quedas/pontos de vista/
pontos de vista – contos de queda

“Contos de vista, pontos de queda” nos leva por várias vertigens. Convida ao ponto onde a queda é inevitável e conduz o leitor, conto a conto, por narrativas que surpreendem, impressionam e causam espanto pela inevitabilidade do cotidiano.

Cada enredo, em si, como uma vida pulsante. Personagens que se apresentam de modo a nos tornar também figuras dessas ações. Seja uma criança, uma mulher, um homem, uma praia, um luto: tudo nos engloba, nos engole e nos termina.

O livro pega a gente pela mão e explode literatura no peito. Não se sai dele sem um fragmento de palavra, sem uma cicatriz de delicadeza talhada na pele. E quão poderosa pode ser uma obra assim?

Ela se mostra pedindo pouco, mas exige do leitor até a última gota da possibilidade real de ser atravessado – pelos diálogos e pelos silêncios, pelas peculiaridades rotineiras que só são vistas quando colocamos os ‘pontos de queda’ em ‘contos de vista’.

E, afinal, a pergunta que fica é: qual seu ponto de vista sobre a queda? qual queda te leva a qual ponto de vista? de qual ponto de vista você vê a queda?

O livro não oferece respostas. Mas as dúvidas que permanecem tampouco necessitam de uma resposta – ao menos imediata.”

por Amantes por livros 

Live-lançamento

Dia 2 de dezembro, às 19h30m teremos live-lançamento do meu novo livro de contos: Contos de vista, Pontos de queda, que reúne 16 narrativas de vidas que alcançam algum ponto limite em suas existências. Quedas que se dão no entorno e dentro das personagens. Abismos no tempo, no asfalto, no percurso dos corpos, no olhar, nos ritmos, nas repetições, nas fronteiras de lugar, nas estruturas. As brechas também surgem, por vezes estreitas, como possibilidades do escape e do salto.

“(…) Pois Contos de vista, Pontos de queda é um desses livros que nos pegam de surpresa, no início um tom baixo, uma melodia muito suave, quase um sussurro, mas que vai se tornando cada vez mais forte, intensa, cristalina, e nós, assim como os personagens, nos deparamos com esse choque, essa explosão. (…) Marina vai tecendo com grande talento e delicadeza uma narrativa da queda, uma poesia das reticências, do que não está explícito, uma vida das entrelinhas. Haverá um depois, sim, mas não haverá retorno, porque, por mais que insistamos, é impossível ignorar o que sabemos.” Trecho da orelha assinada pela escritora Carola Saavedra

O evento será no canal da editora Patuá e contará com a presença dos editores e poetas Eduardo Lacerda e Amanda Vital, além do escritor convidado Léo Tavares.

Vou deixar aqui o link do youtube para quem quiser acompanhar ao vivo no dia 2, juntin da gente.

Vem que vai ser uma papo muito do bom!

Novo livro no mundo!

Ei, pessoal!!!

Passando aqui para avisar que meu segundo livro de contos já está em pré-venda no site da editora Patuá.

Contos de vista, Pontos de queda reúne 16 narrativas de vidas que alcançam algum ponto limite em suas existências. Quedas que se dão no entorno e dentro das personagens. Abismos no tempo, no asfalto, no percurso dos corpos, no olhar, nos ritmos, nas repetições, nas fronteiras de lugar, nas estruturas. As brechas também surgem, por vezes estreitas, como possibilidades do escape e do salto.

O texto da orelha é assinado pela escritora Carola Saavedra.

A capa e o projeto gráfico são de Roseli Vaz.

Edição de Amanda Vital e Eduardo Lacerda.

Acesse o link para ler um conto

Um grande abraço!