Currículo

Marina Monteiro nasceu em Porto alegre em 1982 e há 14 anos está radicada na cidade do Rio de Janeiro. Atua como escritora, dramaturgista, atriz (DRT 6061/Sated/SC) produtora cultural e arte-educadora. Formada em Licenciatura em teatro pela UDESC, e bacharel em filosofia pelo IFCS – UFRJ.

Como professora já ministrou aulas de teatro em ONG’s e escolas, para grupos de crianças, adolescentes e adultos, tanto para atores como para não atores nas cidades de Florianópolis e Rio de Janeiro (Galpão Aplauso/RJ, ONG Don Orione/SC, NUPEART/SC, Casa São José/SC). Pesquisou teatro para infância e juventude junto ao extinto grupo Teatrando Por Aí, de Florianópolis, no qual atuou por 11 anos como atriz, produtora (executiva, elaboração e gestão de projetos) e dramaturga.

No grupo manteve pesquisa a respeito do teatro para infância e juventude em ambiente escolar, suas implicações, características, desdobramentos e impactos socioeducativos. Junto do grupo Teatrando Por Aí realizou mais de dez turnês nacionais desde 2008, levando teatro gratuito e de pesquisa a escolas públicas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Minas Gerais através da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Foi também ministrante de oficinas artísticas e formativas para crianças e para professores.

Como autora iniciou a carreira em dramaturgia ainda na universidade com a professora Eliane Lisboa. Já teve alguns de seus textos montados e premiados, dentre eles o solo Eu.Você.Ela.A Mãe pela Irreal Produções de Florianópolis e o espetáculo Uma Sociedade obra adaptada de Virgínia Woolf e realizada pela Cafeína Produções do Rio de Janeiro. Atualmente seu foco de pesquisa é a dramaturgia para infância e juventude. Para este público já realizou diversos textos, dentre eles: Sofia Embaixo da Cama pela Trupe do Experimento/RJ; Tecnópolis – Sem Livro Pra Contar História e Onde Foi Parar a Dona Gentileza?, ambas montagens do Grupo Teatrando Por Aí/Florianópolis. No ano de 2011 teve seu texto sobre a lenda do Boto Rosa, adaptado para o projeto AQUA – A jorney into the world of water. The Amazon, South America. River Lives: Stories from the world´s greatest rive. No Auckland War Memorial Museum na Nova Zelândia. Com o Grupo Teatrando Por Aí levou quatro de seus textos à cena. O texto No Lugar da Casa foi selecionado para o projeto Clareiras em 2017, ganhando uma leitura dramatizada pelo grupo Barka, na Casa de Cultura Laurinda Santo Lobo em St. Tereza.

Em 2019 cursou oficina literária com Marcelino Freire. Em 2020 iniciou oficina de dramaturgia com Cecília Ripoll no SESC Copacabana e ainda duas oficinas de escrita, “Escrever antes de esquivar”, com a autora Patrícia Galelli. Cursou também com a escritora Cidinha da Silva o “Vozes independentes do mercado editorial”. Realizou oficinas de escrita criativa em 2022 com Natalia Borges Polesso e Débora Gil Pantaleão.

É autora do livro Comendo Borboletas Azuis lançado em 2010 pela Editora MULTIFOCO/RJ. É organizadora do livro Uma Vida Positiva de Rafael Bolacha, editado pela Cidade Viva, Rio de Janeiro no ano de 2013. Assina o prefácio do livro de poesia Escrever à mão, ou passar a limpo, de Loren Fischer, publicado pela Rizoma Projetos Editorais em 2021, e a orelha do livro Vocação para naufrágios, de Karina Ripoli, Patuá/22.

Em 2018 teve duas ficções selecionadas para participarem de publicações. O conto Assalto foi publicado na zine “Que o dedo atravesse a cidade. Que o dedo perfure os matadouros”, idealizado e produzido pela Palavra Sapata/RJ; e a prosa Ninguém Morreu publicada na primeira edição da revista PANTA e na edição de aniversário da revista LiteraLivre.

Em 2019 lançou pela editora Patuá seu primeiro livro de contos: Em nossa cidade amarelinha era sapata, uma coletânea de contos protagonizados por mulheres lésbicas e bissexuais. Ainda em 2019 teve o conto que dá título ao livro publicado na revista Ruído Manifesto. Em 2020 o livro ganhou o 18º prêmio AGES – Associação Gaúcha de Escritores, na categoria narrativa curta. Em 2021 lançou sem segundo livro de contos pela mesma editora, Contos de vista Pontos de queda.

Ainda em 2021 integra duas antologias de contos com escritoras lésbicas e bissexuais. A primeira delas, já lançada, é a Antes que eu me esqueça – 50 autoras lésbicas e bissexuais hoje, com organização de Gabriela Soutello, pela editora Quintal e a segunda é a antologia Diversidades Incontadas II, pela editora ViraLetra. Em 2021 teve a dramaturgia Carne de Segunda selecionada na convocatória do projeto da Cia. Senhas Aciona – dramaturgias em cena, o texto foi um dos 20 selecionados entre 100 inscritos, e em 2022 irá ganhar uma leitura em formato de podcast, em 2022 a dramaturgia ganhará a cena através do Edital FOCA – Cultura Carioca, com direção de Natasha Corbelino e atuação de Tatjana Vereza.

Foi contemplada pelas duas edições do edital Cultura presente nas redes (2020), da Secretaria de cultura do Estado do Rio de Janeiro com os projetos No lugar da casa – modos de pesquisar e produzir teatro em rede, onde atua e assina a dramaturgia, e lendoconto.com, onde produziu vídeo-leituras de contos do livro Em nossa cidade amarelinha era sapata para a internet. Foi contemplada no edital SESC ConVIDA! (2020), onde participou de um bate-papo literário ao vivo: Diversidade literária como direito. Com Calila das Mercês e mediação de Anielle Oliveira. Foi curadora de literatura na II Mostra Presente (2020) – mostra de trabalhos artísticos e conversas sobre a experiência e representatividade LGBTQIAP+. Assinou os roteiros dos episódios produzidos para a séria InstaArte da Harmônica Arte e Entretenimento de Florianópolis, disponível no youtube, facebook e instagram. Foi contemplada pelo edital Arte & Escola da prefeitura municipal do Rio de Janeiro, através da Secretaria de Municipal de cultura e da lei Aldir Blanc 2020 com o projeto Escrever o cotidiano – oficina de escrita criativa, e no primeiro semestre de 2021 ministrou, de forma virtual, oficinas de escrita criativa para estudantes e professoras e professores da rede municipal. Em 2021 foi contemplado pela primeira edição do edital SESC Pulsar com o projeto Contoversando – rodas de leitura e conversa. No mesmo ano participou do Festival Mix Literário como autora convidada, da mesa Narradores queer e suas cidades imaginárias com mediação de Daniel Manzoni e participação de Leonardo Tonus e Rodrigo de Roure.

Como atriz, desde 2001, já participou de mais de 25 espetáculos teatrais, dentre eles: Ubu Presidente, de Juan Larco e direção de Jota Trindade, O Ovo, a galinha e a máquina de escrever, de Marina Monteiro e direção de Loren Fischer, Salada Cherrie, de Marina Monteiro e direção de Paula Bitencourt, Tetéia, de Érida Castello Branco e direção de André Dale, entre outro, Arresolvido, de Érida Castello Branco e direção de André Paes Leme; Nada em cima do Invisível, adaptação de contos de Paulo Scott e direção de Inez Viana. Em 2020 ganhou o prêmio de melhor atriz pela atuação na peça Ubu Presidente, no 6º FESTA – Festival Internacional de Teatro de Palco e Rua de Araçuaí – MG. Possui também formação em oficinas livres e workshops de corpo, clown, interpretação, dança, vídeo, cinema e teatro físico, com nomes como Daniel Herz, Patrícia Santos, Marco dos Anjos, Marco de Marinis, etc. Em 2020 participou do elenco do curta metragem “Entre carnavais”, do Close Coletivo/RJ, um filme que foi todo realizado com cada pessoa da equipe em suas casas e que trata dos afetos e relações lgbtqiap+ no nosso tempo. Faz parte do Coro. na Quarentena, coletivo criado por Natasha Corbelino, que durante o período de quarentena cria programação cultural com objetivo de reverter renda para pessoas em vulnerabilidade social.

Como artista, pesquisadora e filósofa, tem participado de rodas de conversas e debates sobre as vivências lgbtqiap+. A mais recente destas experiências foi pelo SESC Ribeirão Preto, no dia 10 de agosto de 2021, com mediação de Rafael Bolacha, uma live bate-papo intitulada “Uma comunidade e seu tempo: a homossexualidade e seu envelhecimento”.

Como integrante do Coletivo Mar Cultural realizou em 2022 o projeto Teatro na escola – A sua voz – uma peça sobre Malala, com 50 apresentações gratuitas do espetáculo contando a história de Malala para crianças do ensino fundamental I de escolas públicas catarinenses e mais 10 oficinas contadoras de histórias gratuitas para creches públicas catarinenses como contrapartida social do projeto. Este projeto foi realizado por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e nele Marina assumiu as funções de Coordenadora artística e produtora executiva.