biriríbororó (3)

Não sei até que ponto interessa a vocês terem algum tipo de acesso aos meus processos de escrita. Fico pensando que só funcionaria na medida em que eu conseguisse transcender meu próprio umbigo. E não é essa a luta de toda uma vida? Ao menos para aqueles que sentem o umbigo como um calabouço quente, úmido e apertado, que por vezes nos congela e sufoca, começando pelos pés. Eu sinto!

Viver é perigoso

Agora mesmo, pouco antes de escrever este texto, quase enfiei a escova de dentes no meu olho direito. Estava escovando os dentes como habitualmente faço pelo menos três vezes ao dia e o gesto me escapole com a escova cheia de pasta já babada parando cerca de um milímetro do meu olho. Fiquei logo imaginandoContinuar lendo “Viver é perigoso”

Às escuras

Estou buscando exercitar em textos como este um movimento muito parecido com um exercício que fazíamos na faculdade de teatro. Com os olhos vendados íamos caminhando pelo campus, com o suporte de uma colega ou um colega que nos acompanhava, interferindo somente quando necessário. Estávamos entregues aos estímulos e interações do externo, abertos a tudoContinuar lendo “Às escuras”

Infância, escrita, leitura e fogo.

Quando criança, inventava muita história. Antes mesmo de saber ler e escrever eu criava todo um mundo partindo das fabulações. Já fui diretora de orfanato, mulher agredida pelo marido, esportista consagrada, passava horas e horas montando o cenário das bonecas e inventando uma história para cada etapa da vida delas, e na hora de “brincarContinuar lendo “Infância, escrita, leitura e fogo.”